segunda-feira, 10 de junho de 2013

FINALMENTE BOAS NOTÍCIAS SOBRE O LIVRO

Pois é, pessoal! Depois de muitas idas e vindas do Fábio à Biblioteca Nacional para registrar o nosso livro, sem sucesso, hoje finalmente eu resolvi ir pessoalmente. Mas por causa da conduta negligente do funcionário responsável, eu fui não apenas como autor, mas também como advogado, conversando com muito jeito, muito tato, pisando em casca de ovos, mas deixando bem claro minha decisão de procurar outros meios (judiciais) se por acaso não fosse aceito o registro do nosso livro. Fiz questão de mostrar à funcionária que voces fizeram tudo que foi pedido, conferi documento por documento junto com ela. Fiz uma pressãozinha! rs! NÃO É QUE DEU CERTO?! rs. Finalmente o livro foi aceito para registro! Fiquei tão feliz que até digitalizei o protocolo e resolvi mostrar pra vcs. Nosso sonho agora está mais perto do que nunca! Teremos um livro DE VERDADE, com registro na Biblioteca Nacional, privilégio de grandes poetas da nossa história, e cada um de vocês estará presente PARA SEMPRE no acervo da BN, e seus poemas poderão ser lidos e consultados por esta e por todas as gerações que virão.
Eles dão até 90 dias para envio do Certificado de registro, mas como já estou na capital do RJ, esse prazo certamente será bem menor, e acredito que já neste natal poderemos presentear muita gente com nosso livro.
Durante esta semana estarei reatualizando os orçamentos para impressão e definindo a capa. Por enquanto, vamos saborear um pouquinho essa conquista parcial! Abraços a todos os colegas poetas
!

Sergio Lopes/Meira Lopes Editora

quarta-feira, 17 de abril de 2013

DEVOLUÇÃO AOS APRESSADOS

Pois é. Já dei satisfações até demais, pena que não fui entendido. Quem teve que enfrentar a incompetência, a preguiça e o descaso dos funcionários da BN fui eu, SEM RECEBER NADA POR ISSO, e confesso que não sei se mereço aguentar pressão (e até desconfiança!), pois já tenho que aguentar como todo mundo a "embromacia" da Biblioteca Nacional sobre a qual não tenho a mínima parcela de culpa! Lembro a todos que toda essa demora se deve ao fato de tratar-se de um livro com PLURALIDADE DE AUTORES. Não aconteceria se fosse um livro de apenas UM AUTOR, pois a burocracia é bem menor, experiência que tive quando registrei meu próprio livro de poemas em 2005. Foi tudo rápido, levou menos de 60 dias.
Lembro ainda que todas as documentações (xerox autenticadas etc etc.) que foram pedidas, nada foi exigência da Meira Lopes Editora, e sim da própria BN! 
Depois que eu atendi à exigência deles (acho que eles pensaram que eu não iria conseguir... se deram mal!) a responsabilidade a partir de então passou a ser deles, e eu não posso invadir uma repartição federal com um arma, uma foice, um machado ou sei lá... e dar a ordem para eles gerarem logo a bendita ficha catalográfica. Olha, eu até poderia ainda publicar o livro SEM FICHA CATALOGRÁFICA, mas seria uma pena pois não seria registrado num arquivo de credibilidade pública internacional, mas se a maioria preferir assim, publicarei sem a ficha mesmo. Faço o que a maioria decidir. Nesse caso eu retiraria do livro apenas os meus poemas e publicaria somente o de vocês, sem problemas. Agora, com relação aos desconfiados, devo lembrar que nenhuma documentação enviada está em poder da Meira Lopes, mas podem ser retiradas facilmente na BN, e já dei ordem ao escritório da Editora para devolver imediatamente todos os poemas, xerox e documentação, mais as despesas de autenticação dos insatisfeitos, que poderão utilizar-se do email "meiralopeseditora@sergiolopes.com.br" imediata do valor gasto com as autenticações. Nesse caso permanecerão apenas os poemas cuja devolução não for solicitada,  solicito que se apressem pois terei ainda que a fazer a nova averbação do livro com os poemas retirados na BN para recomposição do livro e alteração do índice. 
Quanto aos que se mantiveram em silêncio e esperando, como eu também estou, pois sou igualmente um dos maiores interessados na liberação do livro, lembro que desde SEMPRE, tudo que dependeu do serviço público gratuito de repartições federais SEMPRE foi assim mesmo: na velocidade de uma tartaruga. Alguém aí conhece algum servidor público de repartição federal que goste de trabalhar rápido? 

Abraços a todos.

Sergio Lopes 

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terça-feira, 11 de setembro de 2012

COMUNICADO!


Apenas para dar uma satisfação aos colegas poetas, reafirmo aqui a minha indignação com a burocracia da Biblioteca Nacional, ÚNICA RESPONSÁVEL pela demora exagerada na aprovação do nosso livro. O novo pedido de cópia dos documentos é absurdo, pois as autorizações foram enviadas com firma reconhecida, e já deviam ter solicitado esses documentos desde o início. Por isso, deixo aqui o meu protesto, espero que agora eles finalmente gerem a tão esperada ficha catalográfica, que é o requisito legal para a comercialização em lojas.
Abraços a todos!
Sergio Lopes / Meira Lopes Editora

terça-feira, 12 de junho de 2012

ÚLTIMO PRAZO PARA ENVIO DAS AUTORIZAÇÕES

Último prazo para envio de autorizações do Livro Autores do Brasil

Precisamos com URGÊNCIA que sejam enviadas pelos autores selecionados as autorizações para registro do livro Autores do Brasil na Biblioteca Nacional. O prazo final para envio é até o dia 29/06/2012, os autores que não enviarem ficarão de fora desta edição e só poderão entrar na próxima edição. Abaixo segue a relação dos autores que já enviaram a documentação, e em seguida a relação dos autores faltantes. Não poderemos ultrapassar o prazo de 29 de junho sob risco de perder o orçamento da gráfica.

AUTORES QUE JÁ ENVIARAM AS AUTORIZAÇÕES:

INEZTEVES
DENIS SILVA
SERGIO CALDEIRA
LUANA TOLEDO
JUAREZ DA CONCEIÇÃO
MARIANE PACO
AURISMAR MONTEIRO
JANE ARANTES
JOGON SANTOS
ANDERSON MARQUES
HENRIQUE SOARES
ALAN KRAMER
LUCIANO DOS ANJOS
HUANDRA SIQUEIRA
NADJA COIMBRA
CHICOMATTOS
RAUL CÉZAR
MARIA JOSÉ DA SILVA

AUTORES FALTANTES:

LUIZ RENATO
TAMIRES MARTINS
ÁLEX JHOW
SABRINA CRISTINA
PABLO DO NASCIMENTO
MOURA *
WEMERSON SILVA*
JUAREZ DO BRASIL
ANHY MENIRES
THIAGO SANSIL

*  (já foram contactados e ficaram de enviar até o dia 15/junho)

Meira Lopes Editora

terça-feira, 27 de março de 2012

URGENTE! A TODOS OS AUTORES SELECIONADOS NO CONCURSO

Duas notícias: uma boa e uma ruim! Vamos primeiro à ruim:
Em virtude novas exigências para registro de obras, precisamos que TODOS os autores selecionados enviem novamente, agora para o email  próprio da Meira Lopes Editora seus dados atualizados, incluindo:
NOME/PSEUDÔNIMO/ESTADO DE ORIGEM(UF)/ENDEREÇO PARA ENVIO DOS LIVROS E TÍTULOS CORRETOS DAS OBRAS SELECIONADAS.
ATENÇÃO: O email é: mlopeseditora@sergiolopes.com.br
Agora a notícia boa: só dependemos do recebimento desses emails para gerar a ficha catalográfica da obra completa na Biblioteca Nacional e dar a ordem de liberação de prensagem na gráfica.

Abraços a todos.

Meira Lopes Editora

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

FASE ATUAL: REMESSA DAS AUTORIZAÇÕES

Atenção poetas!
Os textos estão devidamente corrigidos e prontos para lay-out e impressão. Porém antes da publicação devo apresentar um "prelo" do livro para registro na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Assim, estaremos enviando esta semana os formulários de autorização individual para cada autor para serem assinados com firma reconhecida e em seguida remetidos de volta para a Meira Lopes Editora. 
Se algum autor MUDOU DE ENDEREÇO, favor informar diretamente para o meu email pessoal: privativo@sergiolopes.com.br.
Aguardarei um prazo máximo de 5 dias até começar o envio dos formulários. Após esse prazo, ou seja, após 5/3/2012, fiquem atentos com o carteiro!!


Abraços a todos.

Sergio Lopes
(31724)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

NOTICIAS SOBRE O NOSSO LIVRO

Queridos amigos e leitores do blog.
Mesmo em intensa maratona de cumprimento de agenda com a lançamento do novo CD, consegui finalmente concluir toda a correção ortográfica e gramatical do trabalho. Agora só falta a seleção de alguns poemas meus e do meu amigo de infância poeta Alfrânio de Brito, pra gente entregar o material ao Marielson, que se encarregará também de apresentar as sugestões de capa.
Vou divulgando cada nova notícia por aqui.
Abraços a todos.

Sergio Lopes

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

CLASSIFICAÇÃO FINAL - ÚLTIMO CONCURSO

Prezados poetas, amigos e leitores do blog;

Abaixo a listagem dos classificados nesta última etapa do concurso iniciado em 2011. Foram classificados 17,  em virtude de dois poemas terem ficado empatados em numero de comentários e votos na enquete (20/55), e por esse motivo, pudemos incluir mais um poema. De acordo com a transparência que temos praticado desde o início do concurso, tomamos duas providências nesta postagem: 1) divulgamos o resultado geral dos 32 poemas submetidos à votação, destacando em vermelho os classificados; 2) reativamos a postagem com todos os comentários postados pelos leitores, para que cada um possa, se desejar, conferir a votação de comentários.
Concluída essa parte, daremos início imediatamente às tratativas comerciais para prensagem do tão esperado livro, e estaremos enviando para cada autor em breve, para os endereços fornecidos, o termo de autorização de publicação para que nos retorne devidamente assinado e com firma reconhecida para os procedimentos junto à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. 
Grande abraço a todos os poetas, com os quais tive a honra e o prazer de conviver durante esses meses de intensa atividade artística e criativa.
Sucesso a todos.

Meira Lopes Editora/Sergio Lopes.



TÍTULO / AUTOR
COMENT VÁLIDOS
VOTOS ENQT
CLAS. FINAL
VEM COMIGO (Sabrina Cristina)
33
102
MEU SORRISO ERA TRISTONHO (Aurismar Mazinho Monteiro)
32
133
NÃO VIVA SEM SENTIDO (Aurismar Mazinho Monteiro)
31
131
CONQUISTA (Alex Jhow)
30
20
MEU SEGREDO NADA SECRETO (Aurismar Mazinho Monteiro)
28
136
VAI-TE, MORTE! (Aurismar Mazinho Monteiro
28
132
GUERRA PESSOAL (Sabrina Cristina)
28
21
ENCRUZILHADA TEMPORAL (Alex Jhow)
27
20
LADO A LADO (Maria José)
23
58
TESTAMENTO (InezTeves)
21
150
10º
LEMBRANÇAS (Maria José)
21
56
11º
O ESCRITOR E SEUS ROMANCES (Henrique Rodrigues Soares)
20
55
12º
RUGAS! EU? (Maria José)
20
55
13º
O SEGREDO DO ABISMO (Henrique Rodrigues Soares)
20
52
14º
MOMENTO DE POESIA (Henrique Rodrigues Soares)
20
51
15º
O QUE DIZER DO POETA? (Maria José)
19
49
16º
NATAL? (Inezteves)
17
144
17º
A MORTE DO AMOR: SOCIEDADE DE PEDRA (Sergio Caldeira)
13
68
18
CORAÇÃO E MENTE (Sergio Caldeira)
12
80
19
EM TUDO ESTÁ VOCÊ (Juarez da Conceição)
9
138
20
JOGO DA DAMA (Chicomattos)
9
40
21
PRESENTE INVISÍVEL (Chicomattos)
7
23
22
SAUDADE (Jogon Santos)
6
49
23
SUSPIROS DE PRIMAVERA (Luciano do Anjo)
5
91
24
CALAR-ME PORQUE? (Moa)
4
37
25
A POESIA (Luciano do Anjo)
2
105
26
VAZIO (Samira Tavares)
2
57
27
SALA DE VISITAS (Marcos Torres)
-
98
28
CAMINHANTE (Karol Schittini)
-
51
29
AMO, AMAR VOCÊS (Moa)
-
36
30
DOIS CORPOS (Viviana Podlyska)
-
12
31
CURINGA (Luciano do Anjo)
-
3
32


domingo, 15 de janeiro de 2012

POSTAGEM RECOLHIDA PARA CONTAGEM

Em breve divulgação dos poemas classificados para o fechamento  da edição do livro AUTORES POÉTICOS DO BRASIL - ED. 2012

domingo, 1 de janeiro de 2012

CONCURSO ENCERRADO

Queridos amigos e leitores do blog;

No último dia 27 de dezembro de 2011 foram recebidos até a meia noite os últimos poemas que concorrerão ao livro "AUTORES DO BRASIL" - Ed. 2012. Isto significa que não mais devem ser encaminhados textos até a abertura do próximo Concurso que deverá se iniciar somente em julho/2012. Portanto, aqueles que tiverem seus textos e quiserem submete-los ao concurso nacional da Meira Lopes Editora devem aguardar o momento certo de enviá-los.
Na próxima postagem, sairá a lista dos concorrentes deste mês.
Abraços a todos e muito sucesso nesse novo ano de 2012.

Sergio Lopes/Meira Lopes Editora

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

DEMOROU MAS SAIU!!!!

Caros poetas, amigos e leitores do blog;
Acredito ter sido este concurso de dezembro o concurso mais qualitativo até agora. Sem falar que poemas maravilhosos ficaram de fora por causa de erros de formatação! Até já enviei um email para alguns autores, inclusive veteranos, solitando o reenvio dos textos numa formatação que nos permita saber se é prosa, verso ou crônica. Mais uma vez solicitamos enviar os poemas na formatação sugerida no regulamento.
Bem! Vamos ao que interessa! Os poemas vencedores estão abaixo na ordem de classificação. ( Os numeros separados por uma barra  significam: quantidade de comentários válidos/quantidade de votos na enquete. (Ex.: 23/50). Para quem quiser ler os poemas na íntegra, eles estão na coluna à sua direita, logo abaixo da Galeria dos Poetas.

VENCEDORES DEZEMBRO 2011:

1. QUERO (Aurismar Mazinho Monteiro) 28/101
2. TEMPO INCÓGNITO (Aurismar Mazinho Monteiro) 27/100
3. PRIMEIRO BEIJO (Álex Jhow) 25/58
4. FORA DA  LEI (Chicomattos) 14/41
5. O LOUCO É LIVRE (Juarez da Conceição) 14/40
6. SABER AMAR (Inezteves) 9/40
7. NOITE (Inezteves) 8/42
8. CANTIGA DE AMOR (Inezteves) 8/40
9. SOLIDÃO (Huandra) 6/79
10. VIVER (Jogon Santos) 6/44

Parabens aos vencedores e sucesso!

Meira Lopes Editora/Sergio Lopes

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

POEMAS RETIRADOS PARA CONTAGEM

A postagem com os poemas selecionados para o concurso de dezembro foi retirada para contagem dos comentários válidos. Em breve divulgação dos 10 poemas vencedores.
Abraços a todos

Sergio Lopes/Meira Lopes Editora

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

AGORA É COM VOCÊS! ESTE É O PENÚLTIMO CONCURSO!

Olá, poetas e amigos leitores do blog; Ufa!!! Que alívio! 


Finalmente saiu a relação dos 20 poemas selecionadíssimos, recebidos entre 27/10 e 27/11 de 2011. A partir de agora, está com os leitores do Brasil inteiro a escolha dos 10 para inclusão no livro. Desejo sucesso a todos, e mãos à obra!!!
Ah! uma novidade interessante: NA ENQUETE, que é critério de desempate, DISPONIBILIZEI PARA QUE SEJAM VOTADOS, POR UMA MESMA PESSOA, MAIS DE UM POEMA!

Sucesso a todos.
Sergio Lopes/Meira Lopes Editora
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sábado, 3 de dezembro de 2011

CONCURSO DE NOVEMBRO EM FASE FINAL DE AVALIAÇÃO

Queridos poetas concurseiros!
Estamos com atraso na publicação para votação de enquete e comentários, em virtude da enorme quantidade de poemas a serem avaliados. Esse mês recebemos um número recorde (722) e tenho que escolher apenas 20! Como tenho de ler um por um, está super cansativo e tenho que descansar a cada 20 poemas que leio. Acredito que ainda no domingo serão publicados os concorrentes. Abraços e sucesso a todos!!!

Sergio Lopes/Meira Lopes Editora

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

LISTA DOS SELECIONADÍSSIMOS DE NOVEMBRO

Parabéns aos poetas! Os selecionados deste mês foram:

1 - FRAGMENTOS DE MIM
2 - POÉTICO ALMEJAR
3 - O ZUNIR DO MEU OLHAR
4 - MULHER-MÃE
5 - SONHANDO (menino de rua)
6 - A NEBLINA DA MINHA INFÃNCIA
7 - INVISÍVEL
8 - CONSTRUÇÃO
9 - O POETA E A MADRUGADA
10 - ALÉM DA MORTE

Grande abraço e sucesso a todos!!!

Meira Lopes Editora / Sergio Lopes

domingo, 13 de novembro de 2011

PROCEDIMENTO DE CONFERÊNCIA PARA PUBLICAÇÃO

Caros leitores do blog;

Foi retirada a postagem de exposição de poemas selecionados e da votação por comentários. Certamente, muitos já sabem o resultado do concurso de novembro, que nada mais é do que a soma dos comentários + os votos na enquete, estes que servem fundamentalmente como critério de desempate. Lembramos que neste concurso voltamos a selecionar apenas 10. Estamos fazendo a conferência para publicação dos classificados o mais rápido possível.

Abraços a todos.

Meira Lopes Editora/Sergio Lopes

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

CONCURSO DE NOVEMBRO

Ladies and gentlemans!!
Aí estão os poemas selecionados de outubro, para votação em novembro. Foram selecionados 21 poemas, dos quais apenas 10 serão escolhidos. Mãos á obra! Sucesso a todos os concorrentes.

Meira Lopes Editora/Sergio Lopes


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POETA & POESIA
(Guilherme Pereira)


O poeta, da poesia, é pra sempre inseparável...
Sua paixão pela vida em versos, incontestável!...
D’um simples papel, aparentemente sem valor,
Ele garimpa o mais belo poema de amor.


Dizem por aí que os poetas são todos loucos,
Mas eu contesto, diria que são eles os poucos,
Que ainda falam de amor sem receios, medo...
Que com um papel e caneta entre os dedos,


Esculpem sonhos próprios e também alheios;
Eles entrelaçam o amor e versos verdadeiros...
O poeta traz no peito uns milhões de corações;


Seus lábios-versos gritam por quem não gritaria;
O que mais tentar dizer de poeta e poesia?...
Assim, simplesmente, maestros de emoções...

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QUADROS & POESIAS
(Guilherme Pereira)


Se um dia, por acaso, você me ver chorar
Não se preocupe não, pode ser de emoção
De saber que o planeta Terra é o nosso lar;
Que eu e você somos a coroa da criação...


E pensar que nós o destruímos a cada dia...
Não dá pra entender nossa “sábia loucura”...
Nosso avanço científico, nossa tecnologia...
As florestas não veremos mais, só em pinturas...

Os pintores pintam nosso presente, em telas
Pro’s nossos filhos verem o que hoje vemos;
Os poetas deixam escritas poesias, todas belas...

Apenas pra ficarem guardadas nas lembranças...
Os nossos netos vão ler o que hoje escrevemos;
É somente o que deixaremos pra eles de herança!...

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DESPEDIDA
(Leandro Salum)

Sei que devia ter dito antes, mas…
Pensei que teria um tempo maior.
Estas palavras me tiraram a paz
E esse não é o momento melhor.

Em pensar que eu guardei a poesia
Para um dia romântico de primavera
Ou então pra uma madrugada fria
Em que a recitaria de forma sincera!

Deixei passar tantas estações.
Pensei que o tempo fosse generoso.
Perdoe-me pelas desatenções,
Agora sei o quanto fui presunçoso.

Suas mãos estão geladas como sempre
Deixe-me aquecê-las mais esta vez.
Sim, é um gesto bem medíocre
Mas quero me redimir por tanta estupidez

Sua pele clara parece fresca.
Você é um broto novo que sofreu precocemente
Exposto ao inverno e a nevasca
Que sobre nossas cabeças passam displicente.

Meu Deus! Eu não posso deixar você partir!
Ainda tenho tanto amor pra lhe declarar.
Por favor, abra os olhos! Eu estou aqui,
Ou então leve-me! Eu não quero ficar!
Arranca-me está dor pungente
Que esmaga o meu torto coração.
Morte, morte! Sua ladra valente
Roubaste minha inspiração.
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A BAILARINA
(Leandro Salum)

 
Linda bailarina
Tens um porte de princesa.
Teu sorriso de menina
Sobressalta tua beleza.

 
Com um laço e purpurina
Teu cabelo é enfeitado.
Tua pele muito fina
Faz teu rosto ser rosado.

 
A tua disciplina
Não te tira a doçura.
Totalmente feminina
Com um toque de candura.

 
Sobre os dedos te empinas
Quanta força de vontade
Pra fazer desta rotina
Um amor que é de verdade.
 

Teu meneio, ó dançarina,
Faz de mim um deslumbrado.
Teu olhar é lamparina
Que me deixa encandeado.

 
Numa caixa pequenina
Rodopias docemente
Numa valsa vespertina
Até que eu durma mansamente.
...

ALÉM DA MORTE
(Anhy Menires)

O casal rindo na praça
Poderia ser mais um casal
Mais eles olham-se e acham graça
Estão lembrando-se de alguma ocasião especial

O cabelo branco revela a idade
E mesmo velhos ainda caminha juntos
Eles passeiam por toda a cidade
Depois de tanto tempo e nunca falta assunto

Um amor de longa data
Que superou as barreiras
Um sincero amor o tempo não mata
Não mata o sorriso, o cheiro nem as brincadeiras.

Por instantes tudo volta ao passado
Ele é jovem de novo, um jovem belo e forte.
Eles sentados juntinhos lado a lado
Jurando amor além da morte

Em frente ao restaurante
Ele ainda é romântico e a leva para passear
Tão fiel que nem sonha com amante
Só quer sua velinha para amar

O tempo passou e para sempre ela teve que ir
Agora ele é infeliz e vive a chorar
Olha as coisas dela e lembrando consegue rir
Relembrando os dias felizes que conseguiram passar

Ele senta no mesmo banquinho
Tenta ser forte e não se emocionar
Sua vida é estar sozinho
Escrevendo um diário sobre o que consegue lembrar

O quarto é uma imensidão
O tempo não que passar
Ele passa a mão no imenso colchão
Relembrando sua promessa de para sempre a amar

A parte egoísta dele desejaria ir primeiro
Mais ele não poderia deixar ela sozinha no mundo
Queria cuidar do seu amor verdadeiro
Mesmo que isso lhe ferisse o mais profundo

Nos pensamentos dele, eles continuam passeando.
Ainda trocam carinhos e confidências
Ele Imagina os momentos que estavam se amando
Para ele, Ela foi a mais incrível experiência.

O tumulo levou seu corpo material
Além da morte foi esse amor
Isso não é exatamente o final
Mais foi uma implacável dor
...

FOME NA SOMÁLIA
(Denis Silva)

Descobri a fome na Somália
Descobri que existe a fome
Com meus 24 anos, com saúde
Descobri agora a maldição da Somália
Como não percebi tal acontecimento?
Fiquei mal com minha falta de atenção
Vendo na minha própria televisão
A dureza desse maldito padecimento

Quase chorei, quase gritei!
Crianças com fome na Somália
Ao relento da vida desgraçada
Que eu sabia, mas não me importava


Eu realmente chorei!
Indaguei-me: Como era possível
Existir fome nos dias atuais?
Tentei achar as respostas ideais
Mas tudo ficou tão incompreensível...

Fiquei espantado com nossa omissão
Hoje já somos sete bilhões
Mas ainda não conseguimos acabar

Com a fome de oito milhões
Diante da dura realidade
Que tanto envergonha a atualidade

Pesquisei mais sobre a fome desgraçada
E descobri a fome fora da Somália
Descobri fome até no nosso Brasil
Fome na nossa terra adorada, entre outras mil!
Realmente eu não entendo!Por que é tão difícil acabar
Com esse terrível lamento?
...

FOLHA LIMPA
(Leandro Salum)

Dou-te uma folha limpa,
Branca (quase transparente)
Como prova da minha estima
E da esperança em mim latente.

Dou-te minha pena e tinta
Fique com elas pra sempre.
Escreva algo que tenha rima
Ou escreva uma prosa coerente.

Já queimei as antigas histórias
Viraram cinzas do tempo.
Está será uma nova trajetória
Com palavras que trazem alento.

Não tenha pressa de escrever.
Respire, expire… inspire-se.
Viva, escreva, faça valer.
Respire, expire… inspire-se.

Capriche na caligrafia
E se esforce para não errar.
Mas erros acontecem todo dia
O perdão pode a estes apagar.

Faça uma ode ao nosso amor
Relate os beijos, a paixão.
Diga elogios e louvor.
Escreva no meu coração.
...

MULHER-MÃE
(Maria Silva)

Um momento de paixão, sedução
Envolvida pela cumplicidade do amor
Na euforia da emoção, atração
Onde seu corpo se encontra envolto com seu amado
E num momento de alta plenitude de amor,
O mais perfeito acontecimento natural da humanidade...
A concepção.
 
E a mulher sente-se plena, realizada,
Com esse acontecimento memorável,
Sublime, sobrenatural...
Quem pode entender?...
Só vivendo o amor que vem das entranhas:
Capaz de renunciar, entregar,
Cuidando com tanto carinho.
Um amor tão profundo!
Inalcançável, o amor de sua própria alma

E seu pedacinho! Quando cria asas...
Um vazio toma conta de si,
Sufocando e apertando seu coração
Todos são belos diante de seus olhos...

Quem toca neles, toca sua alma e a mulher - mãe transforma-se.
Nasce uma fera ferida e incontida,
Que vence muralhas para ampará-los.
Porque os sonhos mais lindos para eles são sonhados.
Jamais alguém vai ocupar o lugar na vida de sua vida,
Do seu amor seu filho amado.
...

SONHANDO (menino de rua) 
(Maria Silva)


O seu mundo é triste!
A sua alegria é pouca
Nos seus olhos a expressão da amargura,
Tristeza...
Os dias passam...
As horas passam e tudo na mesma
No vai-e-vem das pessoas busca entender
Não tem culpa...
Poucos são os que o olham
Muitos o julgam.


Mas na pureza de sua inocência,
Expressa seu sorriso...
Brinca e pula
Sonha em fazer parte de um mundo que desconhece;
Sente fome e frio...
Seus cabelos desarrumados...
Sua pele suja.

Tem tanto medo!
Escondido atrás de tantos sonhos...
Tantos desejos
Casa, Comida, Cama, banho e brinquedo.


Espera um sorriso
Espera um carinho
Espera conhecer o amor
Espera conhecer a paz
Espera conhecer a alegria de viver.

...

O POETA E A MADRUGADA
(Sergio Caldeira)


Não se pode aprisionar a alma,
Escrevia o poeta bebendo Conhaque.
As pessoas dormindo nos sonhos
E os filósofos nas teias do mundo.
De repente o céu explode em cores,
Como as noites de guerra em Bagdá.
Era um estrondo de fogos que pareciam
imaginados no céu do poeta a fazer brilhar a madrugada.
Há duas quadras dali um dos seus vizinhos não dormia
com medo de fantasmas,
os quais não sabem que morreram
e voltam para se esconder nas sombras da mente humana.
Um galo cantou adiantando o relógio de outros galos.
Gatos se esfolavam no cio.
Veio ao poeta, de repente, vontade de amar.
Teceu em frases curtas uma bela figura feminina.
E depois de muito amá-la com dores e alegrias.
escreveu novamente sobre o papel.
É preciso fazer um poema para essa pequena.
É preciso fazer quantos forem preciso.
É preciso o quanto antes, um poema tecido
com fibras de carinho, em quanto pasma
o mal-me-quer bem-me-quer dos meus sentimentos.
Poema metalingüístico.
Poema desafogo.
Verdadeiramente imperfeita e cristalina: como anjo não, 
como humano: acessível sem orações.
E depois riu-se, riu-se de gargalhar enquanto inventava outras poesias
que verdadeiramente sentia.
O conhaque entornou no papel e no poeta;
e a "pequena" amanheceu para sempre esquecida,
como as sinfonias que Mozart não escrevera. 

...

CONSTRUÇÃO
(Sergio Caldeira)


Quando eu nasci
Já sabia que queria ser mais alguém do que seria.
Fui indo assim, vagar comigo, procurar postigo além...
além de mim.
E assim,
descrevo meus caminhos como pedras de um muro
(forjando-as no choque entre uma e outra que descubro).


Quem me dera dissolvê-las todas em um líquido amniótico:
Para que vejas face por faces como em ti me reconheço.
Desses caminhos que trilhamos,
além dos horizontes,
vou ao escuro – tateando muros – cambiando à luz,
com desejo de caber-me nos olhos das paisagens que me olham,
deixando meu corpo pelas avenidas,
construindo em minhas cavidades cidades, países...


O meu olhar estendido para planícies, desertos, desertos e magias.
Tudo branco, lápis colorido entre os dedos, folha vazia:
desejando-me ser o Ser da Criação.
Grande mundo.
Vejo o mundo, vejo mundos...

E quero mais

...

AIDS
(Guilherme Pereira)


Eu sempre ouvia falar do que você podia fazer
Nos informativos, jornais, nas manchetes da tv...
Você sempre estava em evidência na vida...
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida!


Eu nunca imaginei que fôssemos nos unir,
Pois sempre a vi de longe, nunca por aqui...
Não foi amor à primeira vista... Que tolice!
Não houve amor, transa, seringa, bebedices...


SIDA você tá no meu sangue, no meio da rua.
Mas não na esperança. Que falta de sorte sua!
Nosso romance tem prazo certo pra acabar...
Sou de Cristo, cujo sangue não pode contaminar!


SIDA no meu sangue, sinônimo de morte!
“O elevador desce sete palmos”... Boa sorte!!!

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VERDADE
(Pablo Nascimento)


Por muitos caminhos a vida anda
Escorre entre os dedos das gentes
Acaba entre os píncaros do tempo
Sem saber onde parar...


Plantei rosas no meu quintal
Esperando a vida passar por aqui
Mas as rosas perderam seu aroma
E a vida passou longe de mim


Então lembrei de reencontrar o tempo
Para tentar extrair desta terra uma certeza
Porque pior do que não saber o fim da vida
É não saber onde ela deve começar..
...
A NEBLINA DA MINHA INFÂNCIA
(Juarez do Brasil)

Da janela a neblina
Em melodia suave
Eu vi tocar o chão
O cheiro de terra molhada
Fez-me voltar aos tempos de criança

Bolas de gude
Banhos no açude
Pipas, esconde-esconde
Tudo era brincadeira
Mamãe na rua, estátua.
Pique bandeira

Corpo a corpo
Olho no olho
Nos campos, nas ruas
Primos e amigos
Tudo era festa
Sempre uma brincadeira
Um abraço na despedida...

Fechei a janela
E voltei para o mundo da informática
O toque é no mouse, no teclado
Os jogos são online...
As visitas são nos blogs
As campainhas não tocam mais...
...
INVISÍVEL
(Juarez do Brasil)

Insisto:
- Eu existo. Notem-me!
Tenho a face marcada
Nas mãos trago flores
E na alma muitos amores

Notem-me!
Faço versos, rimas...
Sentimentos nas palavras trago
E no coração um desejo de afagos
Insisto:
- Eu existo.

Eu existo e sou poeta
Brinco com as palavras
E delas amigo me tornei
Aos versos me apeguei
E rosas nas mãos trago
Há alguém pra me dar um afago?
Eu existo. Notem-me!
Não desisto. Insisto.
...
É TUDO UM GRANDE CIRCO CEMITÉRIO CIRCO
(Alice Stamato).

Dói viver a morte das horas
dos momentos vividos.
Dói saber que tudo é finito
E que o sorriso de agora é maquiagem e descolora.

Choro pelo tempo assassino das horas,
É tudo um grande circo cemitério circo
É tudo uma grande ilusão do destino,
E cavo com minhas mãos o asfalto e a memória.

O rio prossegue mesmo sem motivo
Mesmo sem água, sem estórias
pode chover sangue (nos jornais) de meninos.

É tudo um grande circo cemitério circo,
dói viver a morte agora
deste momento que vivo.
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O ZUNIR DO MEU OLHAR
(Aurismar Mazinho Monteiro)

 
Voa a flecha expelida do meu arco
vazando ondas etéreas, a gravidade
da Terra, rumando para o espaço,
ante as lágrimas que me vertem de saudade.


É meu olhar a penetrar na imensidão,
vagamente, mas com força galopante,
pois que de artéria latejante de emoção
me saiu e sai, nesta lamúria incessante...


Para essa flecha não há alvo a atingir
e seu zunido é contínuo, agudamente...
Não há cessar que a possa dirimir,
já que foste para longe e para sempre...


Como desejo novamente abraçar-te,
açoitar de vez esta agonia de solidão!
Quão feliz seria eu se te alcançasse!
É que tudo em ti me abranda o coração.


Oh! que bom seria, se para mim tu retornasses,
extraindo-me d'alma esta aflição!
O voar da seta esbarraria num baluarte
e qual pluma pousaria em minhas mãos.

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FRAGMENTOS DE MIM
(Aurismar Mazinho Monteiro)


À mesa, contemplo migalhas caindo do pão
que consumo lentamente no almoço...
São como os rios caudalosos de emoção
que saem de mim, externando meu desgosto.


Nestas águas que rolam em meu rosto,
resvalando-se para o linho sobre a mesa,
revelando-me em dor, qual num horto,
é que se aflora recôndita tristeza.


Também à noite, à mesa, no jantar,
pelo pranto inda me acho envolto...
Novamente as migalhas resvalam...
E continuam, me expondo absorto,


as lágrimas, que duma saudade me falam...
Tais lágrimas são rios da minha alma
transbordando do seu leito por minha face
que se enrubesce e não mais se aclara


– por ido amor... Ah, meu seio, que impasse!
Porém, resisto; meneio a cabeça sendo forte.
Concebo, então, que as lágrimas que me escorrem


são límpidas gotas do orvalho sobre as flores
dalgum jardim, enquanto todos dormem...
E só assim é que se abrandam minhas dores...
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POÉTICO ALMEJAR
(Aurismar Mazinho Monteiro)


Quero inserir em todo o mundo a alegria;
mostrar aos povos o quanto vale um canto
de paz, falando de amor em poesias,
e que é possível ser feliz em qualquer canto.
Quero semear nas pessoas a vontade
de exalarem da alma seus poemas;
incutir em toda e qualquer sociedade
que ser romântico é belo e vale a pena.


Quero fazer ouvirem harmônicos sons
quais pássaros em lúdicos rituais,
mesmo que ouçam em diferentes tons
– o que importa é ver as reações iguais.


É bem amena a luta pela inclusão
de novos caminhos, à luz de um bom trilhar,
já que não há força, regras, imposição,
bastando somente o coração se deixar levar...


Essa inserção será deveras esplendorosa,
pois melodia é semente no coração,
que brotará acordes de poesias pundonorosas,
por cujos versos povos felizes caminharão.

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MEDO DA MORTE
(Raul Cézar)
 

Estou morto de medo da morte,
Porque é um caminho sem volta,
Porque não é mérito, é por sorte,
Ou por falta dela, falta de escolta.

Temo a morte, porque ela mata.
Parece redundância, mas não é!
A morte interrompe e arrebata.
Além da morte? Questão de fé.

A morte mata sonhos e planos,
Interrompe carreiras de sucesso,
Une ou separa divinos e profanos,
Acaba com qualquer progresso.

A morte não é só o óbito científico.
Não só o coração parou de bater.
Tudo parou. Nada de magnífico.
Mas a vida parou de acontecer.


Pedir desculpas ou agradecer,
Dar um beijo ou um abraço,
Posso fazer enquanto viver,
Pois depois de morto, nada faço.


Medo de por o ponto final,
Ou de ir pontuando aos poucos.
Medo do fim que é natural,
Ou, melhor, do fim de todos.


Medo de parar o que estou escrevendo.
Receio de me interromper.
Medo de não sentir o que vou vivendo.
O simples medo de morrer.

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LICENÇA POÉTICA
(Raul Cézar)

 
Licença poética... Licença poética!
É assim que chamam os improdutivos
A poesia, quando lhes parece hermética,
E fingem para parecerem criativos?


A verdadeira poesia não tem licença,
Não pede licença, eis a realidade!
Ela vai além da fé e da descrença!
A poesia simplesmente invade!


Invade o incomum e o cotidiano!
Invade a sintaxe e a própria língua!
Mas não fere, nem por engano,
Este código que morre à míngua!


Sofre com tantas recorreções!
Morre dos erros gramaticais!
Fere-se com as variações,
Com as releituras e tanto mais!


Misturem-se com os neologismos,
Sejam figuras de linguagem!
Fingindo não criar barbarismos,
Perdendo-se no erro da margem!


Quebrem a colunas da gramática!
Desvalorizem a nossa morfologia!
Podem usar de qualquer tática
Para destruir a verdadeira poesia!


Podem queimar o vosso vocabulário!
Já passou de ser questão de ética!
Esqueçam os escritores do armário!
Mas não chamem isto de Licença Poética!
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